Que habita nas ruinas do passado,
Ouço o ritmo do adulfe montanhês,
Que a Estrela parece ter refado
Beira Alta de erguidas penedias
De solitarios planaltos e encostas
Levadas dessas aguas que eu ouvia,
Solucantes, a gemer da rocha.
Mangualde, Fornos, Nelas e Viseu;
Queijos frescos, todos feitos a candeira;
De Penalva, de Trancoso e ate do Ceu,
Onde achamos Celorico e Gouveia.
Tens sargaço côr-de-rosa em Manteigas,
Seia, Guarda e Oliveira do Hospital;
Alcatifas de nardo em Serras meigas,
Que assoberbam as Beiras de Portugal.
Coração serrano que alegre canta,
E renasce da saudade destes anos,
Quando a Serra inteirinha a voz levanta
Aqui, no Centro Cultural "Os Serranos".
Letra: Eduarda Maria Cruz
Musica: Telmo Pires
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